A obrigatoriedade necessariamente é algo ruim?

Pois eu achava que sim, sempre sim. Então vamos lá, quando algo é dado como "obrigatório" para sua formação em determinada área, pode não ser algo ruim quando quem estabeleceu essa obrigatoriedade é uma pessoa que você respeita intelectualmente.

Refleti sobre isso numa mesa de restaurante, durante uma conversa com amigas. Começou com o papo: "O que você está lendo?". Muitas delas estão lendo os contemporâneos, outras apenas trabalho (o que, em alguns casos, não conta como realmente ler algo). Na minha deixa para falar, já estava ensaiando um "mimimi" sobre os grilhões da universidade, sobre a necessidade de ler essencialmente leituras recomendadas como "obrigatórias" etc. e tal, como o sistema prende o ser humano, como isso é ruim e vai, vai, vai... mas, em um instante de percepção mais clara, vi que estava com um discurso feito, afinal, eu realmente estou adorando as leituras recomendadas. Talvez eu nunca chegasse a elas sozinhas. Mas esse discurso não tem charme. Enfim, nem precisa ter.

Será que isso é coisa da maturidade chegando ou é algo relacionado ao processo de ficar mais "tiazinha", mais tranquilinha e aceitar que há pessoas respeitáveis (ainda que não sejam geniais) no mundo? Confesso que eu me prefiro assim.