Hoje seria capaz de ganhar na MegaSena e montar um fogueira na rua. Dançaria nua ao seu redor, pintada com urucum e inscrições em grego antigo por todo o corpo. No fogo, jogaria minhas roupas, alguns livros (não todos), parte de fotografias que guardo e documentos, com exceção do passaporte.
A noite toda gritaria e cantaria para as labaredas invocando deuses criados por mim.
Pela manhã, suada e cansada, enquanto tomasse banho, decidiria qual seria o cumprimento às pessoas no dia seguinte: “Bonjour” ou “Goede morgen”.