Ouço pessoas dizerem que, atualmente, as crianças estão preguiçosas e não têm interesse por nada. Discordo desta idéia. Nunca vi crianças tão espertas e ativas (não digo fisicamente, mas mentalmente). Talvez elas sejam iguais às crianças que éramos, mas em tempos diferentes, participantes de uma transição, sei lá, os precursores do novo "choque do futuro" (pós "choque do futuro", de Alvin Toffler). Tudo que os avanços tecnológicos trazem é mais um toque revolucionário - a consciência crítica deste processo e a necessidade de não esquecer que, antes de tudo, somos também animais e a natureza nos rege. Matar a natureza (e a nossa natureza) é suicídio coletivo. Sou uma pessimista nata, mas tenho esta certeza.
Penso que estas crianças vivem num período de incompreensão, precedente a todas as mudanças de paradigmas no mundo. Muitos professores ainda não entenderam isso. E graças aos bons deuses, há esperançosas exceções.
A invasão bárbara, de Hernani Dimantas
Os professores na época da internet, de Umberto Eco (artigo da revista Entrelivros, n.28 - linkei do blog de Paulo César Guimarães)
