Sunday, December 24, 2006

Rio Rosa

Você disse qualquer coisa. Qualquer coisa MESMO e eu não tive dúvida em lhe pedir que falasse o trecho do rio. Sim, de cor e de coração deveria falar Riobaldo quando ele estava com Diadorim no barco em rio turvo e agreste. Duas crianças. Isso mesmo, você esperava que lhe pedisse um anel banhado a ouro, a cadeira assinada pelo designer x ou 10 sessões de drenagem linfática. Mas pedi o rio e a canoa de peroba que afunda quando vira, afunda em sua firmeza e peso de uma só vez. Fale, meu bem, fale para que eu segure em sua mão e faça o rio calmo nas noites profundas. "- Que é que a gente sente quando se tem medo?".

Lembranças