Cine contemp. mexicano

Anotações resumidas do curso Cinema Contemporâneo Mexicano, ministrado por Thiago Stivaletti, no CineSesc (9 a 11 de junho de 2014) 



Aula 1 (9 de junho, segunda-feira)

Observação: Orson Welles (visita ao Brasil para gravar filme It's all true) e Serguei Einsenstein (visita ao México para gravar filme ¡Que viva México!, 1931). Ambos não completam seus filmes.



Resumo da estrutura do curso
- 1896 até a atualidade;
- Anos 1930-1940;
- Fase mexicana de Luis Buñuel (1900-1983);
- Arturo Ripstein (1943-): anos 1980 (cinema mais político);
- Alejandro González Iñárrito (1963-);
- Amat Escalant (1979-), diretor da realidade mexicana;
- Carlos Reygadas (1971-), cineasta mais "lento".

Cinema silencioso (1836)
- agenda do presidente
- sobre a Revolução Mexicana (1910)

Anos 1920
- Instalação dos cinemas americanos, algo que impacta no cinema mexicano (produção) - proximidade (física) com indústria cinematografica estadunidense.
- Cinema sofre certa limitação por causa disso.

Dolores del Río (1904-1983)
Estrela, filhas de aristocratas mexicanos que perdem poder com a Revolução Mexicana. Sai do México e volta em meados dos anos 1940 - faz papéis importantes.

Partido Revolucionário Institucional (PRI) nacionaliza indústrias (petróleo, etc.). O partido começa a investir na cultura a partir dos anos 1930, a "era do ouro" do cinema mexicano.
Vámonos con Panchovilla, 1935 (direção de Fernando de Fuentes): um dos primeiros filmes com caráter fortemente político e melodramático.

Alejandro Galindo (1906-1999)
Almas rebeldes (1937)
Ni sangre ni arena (1941)
Virgen de medianoche (El imperio del hampa) (1941)
Espaldas mojadas (1953)
(Filmografia aqui.)

Cinema Chicano: filmes engajados.

Emilio "El Indio" Fernández
Alguns críticos dizem ser o cineasta mais importante do cinema mexicano.
Ator, começa a dirigir em 1942. Dirigiu 43 filmes.
Maria Candelária (1943)
La perla (1945)
Coração torturado (1945)
Domínio dos bárbaros (1947, com John Ford): fotografia de Gabriel Figueroa - 20% terra; 80% céu (cinerama) 
(Filmografia aqui.)

Aula 2 (10 de junho, terça-feira)

Buñuel (fase mexicana)
Grande parte da carreira cinematográfica de Buñuel está concentrada no México. A fase mexicana: 1946 a 1965. Ele morou no México até o fim da vida.
Trabalhou com Libertad Lamarque e Jorge Negrete (Gran casino, 1946).
El gran calavera (1949)
Los olvidados (1950), pouco de neorrealismo. Ficou três dias em cartaz no México. Foi considerado antinacionalista.
Ensaio de um crime (1956) (É citado por Almodóvar em Carne trêmula.)
El (1953) (Filme sobre o ciúme.)
Veridiana (paralelo com Nazarín)
Ele começou a trabalhar no roteiro de Pedro Páramo, de Juan Rulfo.
Último longa no México: O anjo exterminador (1962).
Fez 20 filmes no México e 7 na Europa.

Grupo Nuevo Cine
Quebra do cinema pasteurizado, chamado de Nuevo Cine.


Aula 3 (11 de junho, quarta-feira)

Luis Alcoriza (roteirista de Buñuel)
Los jóvenes (1960): rebeldia de jovens urbanos de classe média.


Felipe Cazals
Canoa (1976) - mistura ficção e realidade.

Rafael Corkidi
Arturo Ripstein
Tiempo de morir (1965)
Profundo carmesí (1996)
O evangelho das maravilhas (1998)
Ninguém escreve ao coronel (1999)
(Almodóvar lembra esse diretor.)
Alberto Isaac
Miguel Littín (chileno)
Alejandro Jodorrowski (chileno)
A montanha sagrada (1973)
El topo (1970)
Fando y Lis (1968)
Luis Alcoriza
Alfonso Arau

Diferenças e semelhanças entre o cinema brasileiro e mexicano: anos 1950-1960

- Ambos: estúdio, fortalecimento comercial, melodrama (mais no México.
- Anos 1950: cinema novo supera artisticamente e em originalidade em relação ao cinema mexicano.


Alfonso Cuarón (vive em Londres)
Filhos da esperança (2006)
- Nos anos 1980 dirige série norte-americana.
Y tu mamá también (2001)
Gravidade


Guilhermo del Toro 
- era um técnico (maquiagem, efeitos especiais)
- fez filmes de terror (de 1986 a 1993)
- tem influência de um filme chamado Espírito da comeia, de 1973, de Victor Eric (espanhol) - estrutura parecida com a do filme de Del Toro O labirinto do fauno.

Carlos Reygadas
- influência de Tarkovski
- realidade social com espiritualidade
Japón (1999), sobre sucídio
Batalla en el cielo (2004)
Luz silenciosa (2007), sobre os maronitas - nesse filme, inspira-se no filme A palavra, de Dreyer. Também há intenso trabalho com diversos sons.

Recomendação de filme: Año bisiesto (Leap year), 2010, de Michael Rowe (mexicano). Produção barata.

Fernando Eimbcke
Temporada de patos
Club sándwich

Lembranças